No dia 08 de Setembro de 1875, Pe. Arnaldo Janssen, com ajuda de vários bispos e colaboradores, abriu a desejada Casa Missionária de São Miguel em Steyl, no concelho de Tegelen, na Holanda. Neste mesmo dia, foi fundada a Congregação dos Missionários do Verbo Divino, uma congregação masculina de sacerdotes e irmãos religiosos e missionários.
No dia 02 de março de 1879, Pe. Arnaldo enviou os primeiros missionários à China. Um deles é o Pe. José Freinademetz, oriundo daquilo que é hoje Bolzano, no norte de Itália. Ali foi pró-vigário, administrador diocesano e provincial da sua ordem. Adotou os costumes chineses tanto no vestir como no domínio do idioma. Faleceu aos 56 anos vítima de tifo.
A partir de 1888, a congregação dos Missionários Verbo Divino abriu casas de formação: São Rafael em Roma; São Gabriel em Mödling, Viena; Santa Cruz em Nysa, Polónia; São Wendel no Sarre, Alemanha; São Ruperto em Bischoshofen, Salzburgo, Áustria; e finalmente em 1908, a primeira casa missionária nos Estados Unidos da Ámerica do Norte, Santa Maria em Techny, Chicago em Illinois.
Os Missionários do Verbo Divino vieram para Portugal, na década de quarenta, com dois objectivos muito claros: contribuir com o seu carisma para uma maior consciencialização missionária do povo português e promover as vocações missionárias.
Tudo começou em 1949, numa velha casa da Quinta do Prazo, nas imediações de Tortosendo. Vindo do Brasil, o P. Caio de Castro lança-se ao trabalho e consegue reunir um grupo de 35 alunos, que no Outono desse ano iniciam o ano lectivo. Começa-se na maior pobreza. Faltava quase tudo. Com o tempo, o prédio foi aumentando e hoje ergue-se ali, na encosta da Serra da Estrela, uma casa acolhedora e confortável.
Devido ao bom acolhimento da ideia missionária, depois de Tortosendo, os Missionários do Verbo Divino depressa estenderam a sua presença a outros pontos do país.
A 25 de Março de 1952 é inaugurado o Seminário Missionário de Guimarães, no antigo convento dos monges Jerónimos de S. Marinha da Costa. A precaridade das instalações e falta de espaço, leva-os construir em Azurém, um amplo e moderno edifício, que passam a ocupar desde 1962.
Em 1953, começa a construção da terceira casa da SVD em Portugal. O local escolhido é Fátima. A 13 de Maio desse ano é colocada e benzida a primeira pedra. O edifício ergue-se em poucos meses e, a 20 de Setembro de 1954, começa o ano lectivo com 139 alunos. Neste mesmo ano de 1954, tomam hábito os dez primeiros noviços da Congregação em Portugal.
Em 1968 nasce a Residência do Verbo Divino, em Lisboa, onde os seminaristas maiores concluem actualmente os seus estudos de Teologia na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa. Em 1997, a comunidade mudou para o atual Seminário Missionário do Verbo Divino em Lisboa na Quinta dos Barros.
Mais tarde, os missionários começaram a assumir trabalhos nas paróquias. Em 1993, começou o compromisso em zonas pastorais no Baixo Alentejo; Almodôvar. Neste momento, os missionários do Verbo Divino estão a trabalhar em 39 paróquias em todo país e colaboram com sete dioceses: Braga, Aveiro, Guarda, Portalegre-Castelo Branco, Leiria-Fátima, Lisboa e Beja.
Ao assumirmos qualquer tarefa missionária, damos preferência às situações de maior necessidade. A exemplo de Jesus Cristo, dedicamo-nos sobretudo aos pobres e marginalizados.
Trabalhamos, em primeiro lugar e de preferência, onde o Evangelho ainda não foi anunciado ou o foi de forma insuficiente e onde a Igreja local não pode valer-se a si mesma.
Abertos e respeitadores da tradições religiosas e culturais dos povos aos quais somos enviados, procuramos o diálogo com todos e levamos-lhes a Boa Nova do amor de Deus.
Somos uma comunidade religiosa e missionária de leigos e clérigos. Provenientes de diversos países e culturas, reunimo-nos em comunidade para levarmos a todos a Boa Nova do amor de Deus. Vivendo em comunidades internacionais e multiculturais, damos testemunho da universalidade da Igreja e da fraternidade.
Seguimos o Senhor pela via dos conselhos evangélicos e vinculamo-nos à Sua Pessoa e ao Seu serviço pelos votos de castidade consagrada, pobreza evangélica e obediência apostólica.
Estamos dispostos a ir onde quer que a Igreja nos envie, mesmo que para isso tenhamos de renunciar ao nosso país, língua e cultura. Esta disponibilidade é a característica essencial da nossa vocação missionária.